Prezado senhor Senador Cristovam Buarque.
É a presente para manifestar minha decepção pela triste e infeliz proposta apresentada por V. Excia., que passando por cima de todos os direitos internacionais e constitucionais, visa impedir o comércio legal de armas em nosso país, e colocar a atividade desportiva de tiro sob a batuta do Ministério da Justiça, em claro desmérito ao Exército, que atualmente controla os CAC (Colecionadores, atiradores e caçadores).
A intenção, sem cortinas, é desarmar completamente o cidadão brasileiro, mais especificamente, aquele que se sujeita às leis e normas estatais. Como me disse uma vez um delegado na pequena cidade de Ponte Alta do Tocantins-TO, "só quem precisa de armas é policial e bandido". E nós, o povo, somos o quê nesta equação? Somos a caça disponível com a qual os bandidos ganham seu sustento. Só isso. Sim, porque a polícia serve quase que exclusivamente para ir atrás de quem já cometeu o crime, se e quando isto for possível. Então nossos bens servem para sustentar os criminosos, e nossas famílias deverão ficar disponíveis à eventual benesse de quem invadir nossas casas, ou seja, devemos torcer para que o camarada queria apenas roubar, e não matar ou estuprar.
Nós cidadãos não temos como pagar seguranças privados para zelar pelos nossos bens e pela segurança de nossas famílias. Talvez os senhores estejam no poder a tanto tempo, que não tenham ideia de como a coisa funciona para os cidadãos comuns, que trabalham o mês inteiro para pagar suas contas e impostos.
Vale lembrar que quem tira o direito de auto-defesa, está na verdade tirando o direito à vida. É justamente disso que se trata, violação de Direitos Humanos fundamentais. É lógico que isto jamais passaria em um país sério, mas conheço o país onde nasci, e me preocupo seriamente por saber que aqui esta proposta de V. Excia. poderá ser considerada como plausível, e talvez até seja aprovada.
A democracia deveria servir para que se cumprisse a vontade do povo e vivêssemos em fraternidade, e não para atribuir poder para que se aja contra o povo. Não seria este um princípio intrínseco do poder outorgado através do voto, o legislador positivar a vontade do povo?
Estamos em um país sem memória, mas mesmo assim acredito que V. Excia. deve se lembrar que houve referendo recente, em que o povo votou pela manutenção do comércio e fabricação de armas em nosso país. Ou o referendo era apenas uma manobra para legitimar uma vontade em votação tida como certa, o que acabou
dando errado? Esta é a impressão, nascida quando se viu o reavivamento das ideias desarmamentistas que ora tomam a mídia, diga-se de passagem, de forma totalmente oportunista, após uma terrível tragédia promovida por um psicótico que, diga-se de passagem, não tinha sequer idade para adquirir uma arma de fogo - o maluco de realengo, ou como quer que o chamem.
Pergunto porque é que os poderes da república não fazem nada contra o comércio ilegal de armas, justamente aquele que possibilitou a tragédia de realengo. Ao se atacar apenas o comércio legal, demonstra-se que só os cidadãos de bem estão sob a mira do legislador, o que é claro prenúncio de que teremos um regime ditatorial. A história mostra isto de forma inequívoca, e estando em um país da américa latina, isto não seria surpresa alguma.
Sonho com o dia em que os senadores da república agirão em prol do povo, especialmente, pela parcela do povo que trabalha e gera as riquezas da nação. Será que isto ainda acontecerá no Brasil, em minha geração? Sonho com um país sem corrupção e cujo povo tenha incutido valores de civilidade e cidadania. Sonho com um país que de forma alguma pudesse ser confundido com o estereótipo de uma "banana republic". Sou brasileiro, e quero me orgulhar disso. Mais do
que isso: quero que meus filhos se orgulhem desta nação brasileira.
Por todos estes motivos peço que V. Excia. reconsidere sua proposta, deixando a questão do desarmamento por conta das duras leis já existentes, através das quais o cidadão já tem que dispender quantias enormes de tempo e dinheiro para renovar a licença de sua arma, sabendo que a menos que seja um Abílio Diniz, não terá nenhuma chance de obter um porte.
Estou enviando esta mensagem eletrônica com cópia para entidades e grupos sérios de defesa dos direitos em pauta, e autorizo desde já a publicação da mesma, desde que na íntegra, e mencionada a autoria.
Tríplices e fraternais abraços,
Arnaldo Adasz
Pesquisador
http://lattes.cnpq.br/3041889322936680
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Muito bem colocada a questão meu caro Carlos Ribas... E da forma mais bem educada possível... No entanto, eu não creio que corja de bandidos que, infelizmente, já impera na máquina estado brasileiro - em seus diversos níveis e desdobramentos - se sensibilizará com seu apelo... Ao contrário... Cada dia mais convenço-me que o objetivo deles é, justamente, promover o caos social... E, ultimamente, à cada notícia cabulosa que chega ao meu conhecimento, sobre os atos oriundos dos "palácios do poder" e das "côrtes de justiça" deste país, mais me sinto impelido à me armar até os dentes... E, COMO TENHO DITO, QUANDO O "MAL" IMPERA DENTRO DO ESTADO... A SOCIEDADE SE DEGENERA... E POR CONSEQUÊNCIA O CAOS SE INSTALA... E TODOS SÃO ATINGIDOS... SEM DISTINÇÃO... E SEM PERDÃO... E, devido a minha natureza e formação, eu não tenho a menor vocação para ovelha de tosca e/ou, muito menos, gado de abate.
ResponderExcluirAbs.
Nelson de Azevedo Neto
Maricá - RJ